A instalação elétrica requer sempre muita atenção, materiais de qualidade e principalmente bons profissionais para realizar o projeto e a sua execução.
Quando o assunto são as construções em chácaras e sítios, na qual é muito comum haver várias casas em um mesmo terreno, a atenção deve ser redobrada com relação ao dimensionamento da rede elétrica do local.
Hilton Moreno, engenheiro eletricista, professor e consultor, ressalta que o principal problema em instalações elétricas de construções em áreas rurais são as distâncias entre o padrão de entrada e a residência.
“Geralmente a concessionária de energia elétrica deixa o padrão de entrada na parte frontal do terreno e a casa fica a uma distância de 30, 50, 100 metros ou até mais, o que pode gerar quedas de tensão, que resultam no mau funcionamento dos equipamentos elétricos, além de desperdício de energia. Alguns aparelhos podem não funcionar, as lâmpadas ficam fracas, o chuveiro elétrico não esquenta direito, entre outros problemas”, completa o profissional.
Por isso, na hora de elaborar o projeto elétrico o projetista deve conhecer a distância entre o padrão de entrada e a residência e determinar a seção nominal ideal para o fio ou cabo elétrico que será instalado de modo a evitar os problemas relacionados com a queda de tensão.
Rosevaldo Toaliari, supervisor de desenvolvimento de produtos e processos da IFC/COBRECOM, afirma que a queda de tensão total em uma rede elétrica não deve ser maior do que 5%, sendo que esse cálculo deve ser sempre feito por profissionais habilitados e especializados como engenheiros eletricistas na hora que é dimensionado o projeto elétrico.
“Fora essa particularidade, a concepção do projeto elétrico deve levar em conta os mesmos fatores de qualquer outro tipo de instalação elétrica, tal como realizar um levantamento de cargas necessárias, determinar as potências e fazer o dimensionamento dos circuitos de acordo com a corrente elétrica que irá circular pelos fios e cabos e pelos dispositivos de proteção como os disjuntores ou fusíveis”, explica Moreno.
Lembrando que também é preciso prever os itens de proteção como o aterramento e equipotencialização, proteção contra sobrecorrentes, contra choques elétricos, contra efeitos térmicos, contra sobretensões, entre outros.
Gambiarras são proibidas
Quando o assunto é instalação elétrica, qualquer improvisação está fora de cogitação.
“Em construções na área rural, os principais erros que ocorrem são a falta de um dimensionamento correto da instalação elétrica e o reaproveitamento de materiais elétricos antigos como os fios e cabos, interruptores e disjuntores que são retirados de galpões velhos. Ambos afetam o funcionamento da rede e na falta de segurança do imóvel.”, diz Toaliari.
Segundo ele, por se tratar de locais distantes das cidades e muitas vezes com acesso difícil, as revisões das instalações são deixadas de lado e os problemas são resolvidos pelo proprietário do sítio na base da ‘gambiarra’.
Outra desobediência à norma NBR 5410 em instalações rurais dentro das propriedades é o uso de cabos elétricos com condutores de alumínio. “Isso é terminantemente proibido em instalações residenciais”, completa Hilton Moreno.
Então, se você possui um sítio e irá construir uma casa, confira outras dicas importantes da IFC/COBRECOM:
• A palavra economia também está proibida quando o assunto é instalação elétrica. Por isso, desconfie de produtos muito baratos e até mesmo de profissionais que cobram honorários muito mais baixos em relação aos demais;
• Com o projeto elétrico dimensionado corretamente, ele estará de acordo com as normas técnicas da NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Isso aliado a utilização de materiais de qualidade reconhecida e com certificação do Inmetro, você terá uma instalação elétrica segura e com durabilidade garantida;
• Não deixe de contratar profissionais qualificados e habilitados para o projeto e instalação de todos os componentes elétricos;
• Lembre-se que fios e cabos antigos ou fora dos padrões exigidos em norma resultarão em problemas como o mau funcionamento dos aparelhos e afetará na segurança do imóvel, já que poderão causar curtos-circuitos e até mesmo incêndios;
• Ao solicitar o padrão de entrada junto à concessionária de energia elétrica, nunca deixe de passar informações como quais aparelhos elétricos serão instalados, quantos chuveiros elétricos e pontos de iluminação a casa terá, se haverá ou não equipamentos como saunas, banheiras, entre outros; pois o padrão é definido de acordo com a soma das cargas elétricas que serão utilizadas no imóvel.
E quando há mais de uma casa no terreno?
É preciso que em cada uma das construções seja feito o dimensionamento elétrico de acordo com as cargas elétricas necessárias para o local.
“Cada casa deve ter uma rede independente, caso contrário ocorrerá queda de tensão na rede principal e os disjuntores desligarão a rede constantemente”, recomenda Toaliari.
E como é comum as concessionárias instalarem apenas um padrão de entrada por endereço, no caso de o sítio ou chácara ter mais de uma residência, é recomendado que cada moradia tenha o seu relógio medidor de energia. Com isso, cada morador terá maior controle sobre seu consumo mensal.
“Vale lembrar que o engenheiro eletricista ao fazer o dimensionamento elétrico de cada casa, deve também somar as cargas de todas as moradias do local com a finalidade de verificar se o padrão de entrada instalado é o ideal. Caso seja necessário o aumento de cargas, será preciso solicitar junto à concessionária de energia o aumento de carga e a consequente troca do padrão”, alerta Moreno.
Produtos da IFC COBRECOM para sua área de lazer
A IFC COBRECOM dispõem de uma linha completa de fios e cabos para as mais diversas aplicações. Todos são produzidos com alta tecnologia e com 100% de cobre de qualidade e são seguros e confiáveis.
Em imóveis residenciais, sejam eles em áreas urbanas ou rurais, podem ser usados produtos como os Cabos Flexicom Antichama 450/750 V e a Linha Superatox formada pelos Cabos Superatox Flex 70 ºC e o Superatox Flex HEPR 90 ºC para 1, 2, 3 e 4 condutores.
Os Cabos Flexicom Antichama 450/750 V são formados por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole, encordoamento classes 4 e 5 (flexíveis), isolado com PVC tipo PVC/A para 70 °C e antichama (BWF-B), estão disponíveis nas seções nominais entre 0,5 e 500 mm², sendo vendido em rolos de 100 metros em embalagem plástica termo encolhível, que facilita o manuseio ao instalar e evita desperdícios, carretéis e bobinas de madeira.
Outra vantagem do material é que possui dupla camada de isolação tornando-o mais deslizante ao passar em eletrodutos. Sua flexibilidade facilita o trabalho de instalação. Possui certificado de conformidade do Inmetro e atende a todas as exigências previstas em normas técnicas (normas NBR NM-247-3 e NM 280 da ABNT/Mercosul).
Já a Linha Superatox por ser fabricada unicamente com materiais não halogenados (sem cloro), em casos de incêndios emite baixa quantidade de fumaça translúcida e sem a presença de gases tóxicos e corrosivos.
O Cabo Superatox Flex 70 ºC possui tensão de isolamento 450/750 V. É composto por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole e encordoamento classe 4 (flexíveis). Além disso, é isolado com material polimérico tipo poliolefínico não halogenado para 70 ºC com características de não propagação e autoextinção do fogo e baixo índice de emissão de fumaça, sem gases tóxicos e corrosivos.
Já o Cabo Superatox Flex HEPR 90 ºC para 1, 2, 3 e 4 condutores possui tensão de isolamento 0,6/1 kV. O produto é formado por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole e encordoamento classe 4 e 5 (flexíveis) e é isolado com composto termofixo Etileno Propileno (HEPR) de alto módulo para 90 ºC, com cobertura em material poliolefínico não halogenado, com características de não propagação e autoextinção do fogo e baixo índice de emissão de fumaça, sem gases tóxicos e corrosivos. O Cabo Superatox Flex HEPR atende as prescrições da norma NBR 13248.